Seminário aborda novo modelo de financiamento da Atenção Básica

20 de fevereiro de 2020 - 14:05

semi finan3 555x274

O Conselho Estadual de Saúde do Ceará, por meio de sua Comissão de Orçamento e Finanças (CTOF/Cesau), realizou o Seminário Financiamento do SUS e o Papel do Controle Social.

O objetivo seminário era apresentar aos conselheiros a nova forma financiamento da Atenção Básica, quais as metas, indicadores e como os municípios e como serão atingidos com a medida.

semi finan1 555x274

Segundo a representante do Ministério da Saúde, Renata Guimarães, esse “foi um momento para esclarecer dúvidas e qualificar os conselheiros para o novo modelo de financiamento da Atenção Básica”. Ainda segundo Renata, o ano de 2020, os municípios estão passando por adaptações e adequações das novas regras, que devem começar a vigorar em 2021.

semi finan4 555x274

 

Para a técnica do Conselho Municipal de Caucaia, Georgevania Melo, o seminário foi produtivo e esclarecedor. “Foi enriquecedor, nos tirou muitas dúvidas. É um assunto que, realmente, a gente vai se empoderando aos poucos, mas é muito importante, também, pois a gente vê o papel dos conselheiros, como eles vão fiscalizar e monitorar essa nova forma de financiamento, como irão cobrar os gestores e como serem parceiros dos gestores, além de como a secretária executiva trabalhará junto com os conselheiros no suporte desse processo”, explica.

 

 

O seminário contou com as palestras: O Papel do Controle Social, com o conselheiro José Teles; Financiamento do SUS, com a mestra em Saúde Pública, Vera Coelho; DigSUS, com a representante do MS/CE, Maria da Paz Monteiro e sobre O Novo Modelo de Financiamento da Atenção Básica, com a representante do MS/DF, Renata Guimarães.

O evento destinado aos conselheiros municipais e estaduais, também contou com a participação dos Residentes da Escola de Saúde Pública do Ceará.

 

Baixe as Apresentações do Seminário Financiamento do SUS e o Papel do Controle Social.

– O Papel do Controle Social, com o conselheiro José Teles

– Financiamento do SUS, com a mestra em Saúde Pública, Vera Coelho

– O Novo Modelo de Financiamento da Atenção Básica, com a representante do MS/DF, Renata Guimarães

Saiba mais

O novo modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde/Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde apresentado na Portaria no. 2.979 de 12 de novembro de 2019 e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), altera a lógica de financiamento da APS no Brasil. Entre as principais alterações está a extinção do Piso da Atenção Básica (PAB fixo e variável) e a adoção da captação ponderada, como critério para a focalização do repasse dos recursos para custeio das equipes da Estratégia Saúde da Familia (ESF) e equipes multiprofissionais em saúde.

Outra alteração advinda da portaria é a revogação das equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), que poderá ocasionar a desmobilização dessas equipes no território nacional, visto os diferentes entendimentos dos gestores municipais sobre o assunto.

O novo modelo contempla o financiamento da Atenção Primária/ Atenção Básica em quatro dimensões: Captação Ponderada, Desempenho, Programas (Incentivo) e Provimentos.

A partir de 2020, o cálculo para definição dos recursos financeiros para incentivo para ações estratégicas deverá considerar:

I – as especificidades e prioridades em saúde;

II – os aspectos estruturais das equipes; e

III – a produção em ações estratégicas em saúde.

O incentivo para ações estratégicas contemplará o custeio das seguintes ações, programas e estratégias:

I-Programa Saúde na Hora;

II- Equipe de Saúde Bucal (eSB);

III – Unidade Odontológica Móvel (UOM);

IV – Centro de Especialidades Odontológicas (CEO);

V – Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD);

VI – Equipe de Consultório na Rua (eCR);

VII – Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF);

VIII – Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR);

IX – Microscopista;

X – Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP);

XI – Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Situação de Privação de Liberdade;

XII – Programa Saúde na Escola (PSE);

XIII – Programa Academia da Saúde;

XIV- Programas de apoio à informatização da APS;

XV – Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional;

XVI – Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS); e

XVII – outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico.

Assessoria de Comunicação da Cesau
Hariádina Salveano
Contato: cesau@saude.ce.gov.br / 85.3101.5211
Twitter:cesauce
Facebook:cesauce