Experiências inovadoras em Saúde das Mulheres são premiadas pelo CNS e Opas
21 de agosto de 2017 - 13:14
Executar políticas de saúde para as mulheres com criatividade é tarefa para quem tem sensibilidade e disposição para transformar a realidade. 22 experiências diferentes de projetos pelo país se inscreveram no “Laboratório de Inovação”, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Destas, seis foram escolhidas e receberam menção honrosa durante a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu).
A coordenadora da conferência, Carmem Lucia Luiz, explicou que os projetos estão recebendo homenagem porque são diferenciados. “São projetos de participação social na atenção à saúde integral das mulheres”, disse. De acordo com a representante da Opas, Mônica Padilha, as experiências homenageadas são exemplo para todo o país. “São projetos que possuem muito êxito na sua realização. A ideia da homenagem é potencializar as ações e fazer com que experiências semelhantes sejam replicadas”.
Em Belém, o projeto TransformaDor, realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), atende mulheres grávidas para que elas não sofram violência obstétrica e tenham liberdade sobre seus corpos e seus partos. “Atendemos 450 mulheres na região periférica de Belém. Pra nós, não respeitar a mulher na hora do parto é violência de gênero e precisa ser combatida”, disse Edna Barreto, coordenadora do projeto.
No Rio de Janeiro, a iniciativa homenageada se chama Mulheres da AP 2.2, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). “Estamos aqui para mostrar que o SUS funciona. Atendemos mulheres em 7 unidades básicas de saúde no Rio. Criamos uma rede de apoio social e de economia solidária, além de cuidarmos da saúde mental das mulheres”, explica Elen Aragão, membro do projeto.
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Também receberam menção honrosa o Ambulatório Trans, em Lagarto (SE), que acolhe a população transexual de forma humanizada com atendimento médico e psicossocial; o projeto Passo a Pássaro, em Teresina (PI), com atendimento e oficinas em saúde às mulheres privadas de liberdade da Penitenciária Feminina de Teresina; o projeto Barriguda, em Macaíba (RN), que realiza pré-natal na comunidade quilombola Capoeiras; e o projeto Práticas de Cuidado em Saúde com Trabalhadoras do Sexo, com acolhimento a esse segmento, em Fortaleza (CE).
A 2ª CNSMu encerra hoje, após três dias intensos de debates que propõem diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. 1800 delegadas de todo o país estão reunidas para finalizar o documento que deve orientar municípios, estados e a união no desenvolvimento das políticas específicas em saúde das mulheres.
A 2ª CNSMu
A 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu), aconteceu de 17 a 20 desse mês, em Brasília, 30 anos após a realização da 1ª edição. O objetivo da 2ª CNSMu foi definir diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O documento vai nortear as ações de municípios, estados e união no desenvolvimento de políticas específicas para as mulheres.
A delegação do Ceará contou com a participação 56 delegadas e delegados divididos, paritariamente, entre usuários, trabalhadores e gestores.
Com informações do CNS
Fotos CNS
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