Violência contra a mulher é tema de debate no CNS

13 de março de 2017 - 13:33

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     A violência contra a mulher e as suas dimensões na vida e na saúde das mulheres. Esses foram os temas debatidos no Pleno do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em sua 290ª Reunião Ordinária. O debate aconteceu nessa quinta-feira (9) e contou com a participação da pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Maria Cecília Minayo. O tema integra os eixos temáticos da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu).

     De acordo com a pesquisadora Maria Cecília Minayo, violência contra as mulheres está totalmente ligada ao patriarcalismo de todas as suas formas, seja ela no controle da vida das mulheres e na naturalização da sociedade das desigualdades. “Quando acusados, agressores reconhecem “seus excessos,” mas não questionam a função disciplinar e de poder da qual se investem. No Brasil, ‘razão de honra’ é uma categoria relacional forte. Porém sua existência, culturalmente, depende do exercício de vários papéis masculinos: de provedor, de pai e de marido, hoje desafiado”, disse.

     Segundo Minayo, os efeitos da violência contra as mulheres afetam diretamente a sua saúde. “Embora as agressões e maus tratos possam redundar em morte, seus efeitos mais frequentes são sobre a saúde: lesões permanentes; cronificação de problemas como dor de cabeça, dor abdominal e lombalgia, sangramento ou corrimento vaginal; lesões genitais e dor na relação sexual; distúrbios do sono e da alimentação; comportamentos danosos à saúde como fumar, fazer sexo inseguro, abusar de álcool e outras drogas”, afirmou.

     Durante a ocasião, a conselheira nacional de saúde e coordenadora da 2ª CNSMu, Carmen Lúcia Luiz, apresentou ao colegiado uma minuta de repúdio ao material didático apresentado pelo MEDGRUPO em um curso para estudantes de medicina e médicos. “Nós da Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher, repudiamos o material disponibilizado por essa instituição de ensino e recomendamos ao colegiado que encaminhe as providências jurídicas sobre o conteúdo, sugerimos também uma apuração frente do Conselho Federal de Medicina para apuração e responsabilidade do conteúdo”, disse.

     Confira a apresentação de Maria Cecília Minayo, aqui!

 

FONTE: CNS

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