Comissão do Cesau-CE visita emergência do HGF

14 de janeiro de 2015 - 17:00

Após suspensão do atendimento na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) anunciado na segunda-feira,12, foi formada uma comissão do Conselho Estadual de Saúde do Ceará (Cesau-CE), que reuniu-se na manhã desta quarta-feira, 14, com o diretor da unidade hospitalar, Zózimo Luís de Medeiros Silva.


Os conselheiros estaduais de saúde, Conceição Araújo Moreira, Francisco Antônio de Paulo, João Marques de Farias e Mariano Araújo de Freitas buscaram saber qual o problema que está impactando as emergências do Estado, principalmente a do HGF. Ao ser indagado sobre a situação, o diretor da instituição apontou a organização da rede como um dos maiores impulsionadores para a situação de superlotação na unidade.

“O problema no HGF não é mais nem o custeio, mas sim a organização da rede, os leitos de retaguarda”. Além disso, e ainda sobre a decisão pela suspensão de atendimento a novos pacientes na emergência, Medeiros foi taxativo, “Foi o que nos trouxe menos prejuízo, caso contrário poderíamos ter óbito de pacientes”.

Foram apresentados pelo gestor alguns dados referentes a capacidade da emergência , leitos de retaguarda e o plano de contingência para superlotação de emergência do HGF. Após as explanações, ficou marcada uma reunião no HGF, a ser realizada no dia 9 de fevereiro, com o Pleno do Cesau-CE e todo o corpo da unidade hospitalar. Serão convidadas entidades de saúde e conselhos de classe, assim como o encontro será aberto ao público.

Na oportunidade será apresentado ao Pleno o relatório de gestão dos últimos 4 anos do HGF e demais esclarecimentos sobre a situação da unidade.

“Ficou claro que não se pode discutir a situação do HGF isoladamente, é preciso se debater a situação das UPAs, entre outras unidades e a regulação destes leitos. Estamos aqui para ajudar a instituição e os usuários”, destacou o conselheiro e presidente do Cesau-CE, João Marques de Farias.

Ainda durante a visita da comissão ao HGF, os conselheiros foram até a emergência da unidade e puderam averiguar a situação. Foram detectados ainda seis pacientes em macas nos corredores da unidade. “Segundo relatos dos acompanhantes destes pacientes, alguns deles estavam ali há uma semana a espera de uma vaga nas salas de parada, cirurgias ou mesmo vaga em UTI. O que demonstra, que ainda há muito que se melhorar neste atendimento”, afirmou a conselheira de saúde Conceição Araújo Moreira.

ENTENDA O CASO
Na última segunda-feira, 12, o diretor do HGF, Zózimo Luís de Medeiros Silva, enviou um ofício ao secretário da Saúde do Estado, Carlile Lavor, determinando a suspensão do atendimento de emergência para novos pacientes por 48 horas.

A decisão foi tomada devido à superlotação na unidade. O número de pacientes excedentes na Emergência na última segunda-feira, 12, era de 64. As unidades de saúde parceiras do HGF que deram assistência no atendimento à população foram: Hospital Fernandes Távora, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Waldemar de Alcântara e Hospital da Polícia Militar.